segunda-feira, janeiro 31, 2005

Uma metáfora, talvez

Durante minha mudança coloquei todos os livros numa caixa.

Jamais havia levantado algo tão pesado. A caixa era indeslocável diante de minha baixa compleição física.

Resolvi o problema substituindo livros por calçados...



Strenght to endure- Ramones

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Um pouco além da zona Warhol

Leitores da MAD devem lembrar de uma sessão da revista que era o "lado ruim das coisas". Ou algo assim. Talvez também não fosse a MAD.

Estive pensando sobre a fama. O lado ruim é a tietagem que não termina na cama. É falta de privacidade. É ter que dar opinião sobre tudo. É não poder falar mal de alguém ou algo.

O lado bom seria a tietagem que a caba na cama. Ganhar coisas. Uma certa liberdade de ação. E, é claro, o fato de você não precisar ser/fazer algo decente.

E o lado burlesco da alegoria fama? Seguidores. Repercussão inimaginável das ações. Consequências longas para atos breves.

Se o famoso diz que um livro/ filme é bom, muita gente vai atrás. Por exemplo, o que leva alguém a buscar uma a uma as músicas que um escritor inglês diz serem suas favoritas?

Não tenho a menor idéia. Mas sei que o '31 Canções' do Hornby sai por aqui sem o disco.

Interessados em obter uma cópia do disco, entrem em contato comigo munidos de um CD capaz de copiar.



Andy, you're a star - The Killers

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Desperdício

Tem um rumor forte de que o Curitba Pop Festival pode não acontecer esse ano.

Mudou o prefeito, e por consequência o pessoal que trabalha na Fundação Cultural de Curitiba (braço essencial no corpo do CPF nos 2 anos anteriores). E ouvi dizer que eles 'estudam a possibilidade'.

Lamenta-se. Lamenta-se o caraleo. Vejam 3 estupidezes relacionadas ao possível "cancelamento" do CPF 3:

Seria um enorme estupidez perder a coincidência de datas do Festival e da passagem do Placebo pela América do Sul.

Seria uma tremenda estupidez perder toda a atenção que o CPF consegue despertar após as apresentações de Pixies e Teenage Fanclub no ano passado.

Seria uma estúpida estupidez sepultar a esperança de que bons shows podem acontecer em Curitiba.

Mas só o fato de ser estupidamente estúpido não é suficiente para impedir a...estupidez.



Hewlett's Daughter - Grandaddy

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Tá lá...

Coluna da vez: Luci Collin uma escritora curitibana putamente talentosa.

Confira no Bonde [>>>]



She's losing it - Belle & Sebastian
i^i

Mudei novamente de habitação. Posso agora ser encontrado na casa da família Seitz como um morador - um puçuca permanente, não ocasional.


Changes - Deftones

terça-feira, janeiro 25, 2005

Bom Censo

Assistindo ao Jornal da Globo (com Ana Paula Padrão) - hábito que adquiri, descobri que existem 65 milhões de brasileiros com telefone celular. Número impressionante, que me pôs a fazer umas continhas:

Todos os valores e estimativas estão com base nos dados do IBGE:

População brasileira = 183 milhões;
descontados os 65 milhões de celularizados = 117,5 (valor arrendodado);
desses, 56 milhões estão abaixo da linha da pobreza, portanto, pouquíssimo provável que sejam um dos usuários de celular;
restam ainda 61 milhões de tupiniquins;
desses, aproximadamente 8 milhões estão acima dos 70 anos - pessoas avessas as novas tecnologias (na verdade, pessoas avessas ao novo em geral);
restam 53 milhões;
desses, 18 milhões estão na faixa etária de 0 - 4 anos, também pouco provável que possuam um telefone celular;
restam 35 milhões;
existem mais 18 milhões entre os 5 e 9 anos - muito provavelmente metade desses está cagando pra celular;
restam 26 milhões de brasileiros potencialmente celularizáveis.
Esses se dividem entre econômicos - não querem ter esse tipo de gasto, resistentes ideológicos - que não acham utilidade num Grande Irmão pessoal - e debutantes no mercado de consumo que já pensam em ter um dispositivo de telefonia móvel.

Eu sou um resistente ideológico.



Propaganda - Nação Zumbi
Um ufa! e um trocadilho

Olga não foi pra disputa do Oscar.\o/
Não que eu considere o Oscar um prêmio justo, mas iria doer ver tanta incompetência premiada de alguma forma.

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- que ser...
- veja!

rá-rá



Ando Meio Desligado - Mutantes

segunda-feira, janeiro 24, 2005

"You are punk'd"

Caro Silvio Santos

Tenho uma idéia para uma câmera escondida.
Um grupo de amigos diz que filmarão um curta e convidam o "enganado" pra participar como figurante.
Marcam as filmagens para as 7 horas da manhã da segunda. Quando o "enganado" chega lá, não encontra ninguém.
Vai ser hilário!

Abraço

PS - vou ganhar R$ 100 reais pela idéia?



Songbird - Oasis

sexta-feira, janeiro 21, 2005

causa mortis

Eu me arrependo tanto, de tanta coisa na minha vida, que eu gostaria de poder voltar no tempo.

Eu voltaria pra cada desses focos de arrependimento e faria tudo do mesmo jeito de novo.

Sem concessões.



I Might Be Wrong - Radiohead

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Estar ou não estar, eis a caveirinha...

Me peguei pensando esses dias numa coisa: tenho a nítida impressão de que era muito mais criativo antes da faculdade. Motivo esse (junto com alguns outros equívocos) que me fez preencher Comunicação Social - Publicidade e Propaganda na ficha de inscrição do vestibular.

Inventava nomes e histórias rapidamente, coloria situações, pintava personagens, aquarelava cá e lá. Capacidade que parece não ter sobrevivido ao bug do milênio.

Mas minha auto-confiança trabalhou rápido e encontrou uma explicação mais satisfatória que a compreensão que tenho do "Estrada Perdida": invento menos, mas a consistência é maior. Os devaneios bobotniks foram substituídos por elúcubrações elaboradas. Pode-se dizer que estou mais criterioso.

Ou melhor em auto-engano...



Happy phantom - Tori Amos

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Rosebud

Acabo de ler que as autoridades confirmaram mais 226 mil mortos no incidente tsunâmico na Ásia. Um incidente de tal força e catástrofe corre o mundo pra lá e pra cá. Incita terror, medo, desespero, piadas, pautas, assuntos de elevador e de blogues.

Têm gente ganhando dinheiro com essa desgraça. Têm aqueles que ganham notoriedade. E, claro, aqueles que ganham umas boas risadas. Always look on the bright side of life, já cantou Brian na cruz.

Orson Welles em 30 de outubro de 1938, fez milhões de americanos acreditarem que a Terra estava sob ataque alienígena. Welles criou uma peça de rádio no formato noticiário à partir da obra de H.G. Wells, o que deu um ar de veracidade superior ao de fantasia para o programa.

Em 1999, uma outra picaretagem semelhante foi desenvolvida pelos produtores do Bruxa de Blair. Reconhencendo seu orçamento baixo (inclusive calotearam os atores), Eduardo Sánchez e Michael Myrick, fizeram um filme com cara de documentário, inventaram uma balela sobre as fitas terem sido encontradas, que os jovens que filmaram não eram atores e tinha de fato desaparecido. O plano deu certo. Mesmo após a farsa desvendada, a curiosidade pública garantiu a bilheteria do filme.

No Chile, 3 coiós sairam gritando de uma praia, dizendo que uma onda gigante se aproximava. Correria geral, eu primeiro, depois eu cato o que sobrar, simbora pras montanhas, desespero, pânico, choro de velhos, adultos, crianças e animais de estimação. Uma mulher, em pânico, teve a capacidade de infartar e morrer.

O rir ficou para os 3 bocós. Obviamente nenhuma onda gigante, talvez uma marola com o cadáver de água-viva fosse o maior grande perigo de la playa.

A excitação em torno do desastre é tão grande que já tem gente ficando longe de poça d'água. Por outro lado há quem ouça Como Uma Onda no Mar ou Wave Of Mutilation e ria divertido.

Always look on the wet side of life...



Bodies - The Smashing Pumpkins

terça-feira, janeiro 18, 2005

Organização Mental

O grande segredo para se ter sucesso num mercado tão acirrado quanto o atual é buscar um posicionamento único e/ou inovador para sua empresa.

Os especialistas da revista Briques & Trambiques Bussiness Z&A garantem terem encontrado uma oportunidade. "é para uma empresa de tercerização" anuncia Nosleil Nize.

"Identificamos um problema, percebemos a ausência de pessoas capacitadas para solucioná-lo" adiciona Zenilo Lines. E a proposta não tem nada de inovador: se resume a tercerizar organizadores para pessoas bagunceiras, ou melhor, bagunçadas.

"O segredo está no nível de atuação dos organizadores" afirma Nize. A proposta da CorpZ inc. é arrumar a vida das pessoas.

"Pense assim: se você é muito ocupado, trabalha o dia todo, ou simplesmente não gosta desse tipo de trabalho, você contrata alguém pra arrumar sua casa, limpar seu banheiro, lavar sua louça. Estamos extendendo esse serviço pra vida particular de nossos clientes" explica Inez Sonelli, a terceira sócia envolvida com a proposta.

A empresa fala ser especializada em terminar relacionamentos, desempreguiçar, adicionar nível saudável no cotidiano e desembrulhar problemas sonâmbulos. "Temos até uma faxineira pra arrumar a bagunça na sua cabeça. Ela vai uma vez por semana e deixa tudo no devido lugar e brilhando" acrescenta Lines.

Ou seja, é um serviço tercerizado pra organizar sua vida no nível pessoal e de relacionamentos. O que faz algum sentindo dentro dessa proposta de mundo acelerado, onde não temos tempo para trabalhar, sobreviver, viver e resolver pequenos problemas; alguém pode fazer por você pelo preço certo.

Quando esse serviço estará disponível no mercado? "Dependemos da liberação do alvará da prefeitura" lamenta Sonelli. Vale lembrar que a CorpZ inc. era a criadora do sistema Vida Programada - cujos associados escolhiam dia de sua morte, e sabendo que não viveriam além daquele ponto, desenvolviam suas vivências com maior intencidade. "Esperamos não ter problemas com o Senado da República dessa vez. Acho que a constituição não será ofendida pela nossa proposta." fala Nize.



Accused of stealing - The Delgados

segunda-feira, janeiro 17, 2005

A texquera tostual

Não sou bom em gramática normativa. Não sei se o índice de indeterminação do sujeito deve se acanhar diante de pronome átono oblíquo ou do advérbio causal modal resistente impermeável.

Te juro (ai!juro-te) que gostaria de saber. Óbvio que faço muito pouco em prol disso. Conheço, por exemplo, a utilização de todos os 4 porquês.

Mas não é o pleno domínio da língua padrão que lhe garante a confecção de um bom texto. Claro que a ausência dela certamente coibe qualquer amontoado de letrinhas com mensagem de vir a furo.

Um texto informativo precisa ser coeso, resolver-se internamente e funcionar como um, não vários amontoados.

Mas por algum motivo ignorado, muitos acreditam que escrever bem é usar palavras unusuais ou difíceis. Síndrome de Euclides da Cunha. Sem ser tão capacitado quanto o Cu(jo)nha.

Acabo de ler um e-1/2 de alguém defendendo o Paulo Coelho. O mesmo (e-1/2, não o Paulinho) usa expressões do naipe de: "tem uma inveja extremamente grande do nosso grande escritor", escreve 'senssacional' e ainda tem a cara de pau de usar a expressão 'Nada obsta' no lugar do singelo 'nada impede'.

Percebem aonde quero chegar?(será que é 'onde'? mas tem movimento...ai, jesuis)

Um cidadão que erra ortografia básica, incapaz de alinhavar um texto (texto inclusive se origina do termo latino texere que significa confeccionar) acha que se garante mandando com termos de vida dicionarial como "obstar", "inditoso", "panema", "suplantar", etc.

Quem enfia isso na barriga das pessoas? Idéia mais desassisada...



Advert - Blur

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Alta Fidelidade, Baixa Memória

A injustiça ronda por cá tenho certeza, mas até onde lembro (e não é longe ou cheiroso) são esses os 5 melhores títulos de discos com título em português:
  1. O Monstro Precisa de Amigos - Ornatos Violeta (nem precisa falar nada)
  2. Pior que Antes - Garotos Podres (esse disco vem após o Mais Podres Do Que Nunca)
  3. Smell Like Tenda Espírita - Gangrena Gasosa (uma banda de umbanda metal fazendo referência ao mega hit do Nirvana. O encarte dessa pérola ainda traz uma história em quadrinhos em que a expressão 'empurrar a janta' a utilizada de modo magistral)
  4. Mais Vontade Que Talento(EP) - Irmãos Rocha! (como não se render a tamanha sinceridade?)
  5. Bloco do Eu Sozinho - Los Hermanos (bem o tipinho deles. Gera a expectativa que o álbum cumpre.)



O Mala - Nervoso
O primeiro show do resto de nosso ano...

FNAC. Apresentação de bolso do ex-baterista de bandas do underground brasileiro Beach Lizzards e Acabou La Tequila.

Para manter atento os los hermanóides, o Acabou La Tequila é uma das bandas favoritas do Camelo. E o Amarante canta numa das faixas de "Saudades das Minhas Lembranças", álbum de estréia do Nervoso.

Chegamos na FNAC eu e essa femina pulchra cá [>>>], sentamos numa das mesinhas da frente e percebemos que o público era escasso. Mais tarde saberíamos que pior pra quem não foi.

Enquanto esperávamos, ficamos lendo curiosidades e frases idotas em pacotes de açucar e fazendo piadas com termos correlatos a nervoso (irado, tenso, brabo, etc).

Com algum atraso tem início o espetáculo. Nervoso agora toca guitarra e canta. Reação primeva: é bom, né? atitude próxima: é bom pra caraleo! atitude seguinte: aquisição do disco.

Um som extremamente calmo, bobo, brega e bacana, pra alguém chamado Nervoso. E claro, bom de doer. Como não gostar de uma banda que toca um cover de Ronnie Von de sua fase psicodélica?

Fudidamente recomendado...



Menina Mimada - Nervoso

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Filosofia da composição

Num momento de poucas idéias, desvendo algumas características desse blogue, pra que vocês leitores, tenham certeza quando estão super ou sub ou in interpretando o que a contece por aqui.

O título sempre diz respeito ao texto, nem que seja uma referência obscura - e normalmente é. O de hoje por exemplo, faz par com o texto de mesmo nome de Edgar Allan Poe, que mostra quais sãos os artifícios utilizados na composição de "O Corvo".

Quanto ao texto do post, ele versará sobre qualquer coisa. As formas experimentais, inovadoras ou apenas diferenciadas - testes, cartas, diálogos, teatro, etc - sempre dizem respeito a minha vontade de falar de mim mesmo. Textos como o de ontem são excessão. Os textos convencionais são sempre sobre coisas importantes (buf!).

O que vem abaixo do final do texto é a sugestão musical do dia. Raríssimas vezes são sugeridos filmes ou livros (política essa atualmente abolida pela resolução #2). Nem sempre a música tem refrência ao texto. Pode ser uma música que eu ouvia enquanto escrevia o texto, um clipe que vi na MTV pela manhã - como hoje - ou um motivo bobo qualquer.

Assinatura diz respeito ao meu nome, data ao dia em que foi escrito.


Momentos videoshow ocorrem em itálico ou nos comentários.



Turn it on - Flaming Lips

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Les Larmes Du Garçon

Uma mulher me disse uma vez que nada é pior que homem chorando. Ela terminou comigo e me coibiu o ato dramático possível. Tudo bem, afinal não chovia. Seria despropositado mesmo.

Quando cursava o maternal, num dia chuvoso a monstra da professora me pôs num lugar abissalmente alto (1m40, aproximadamente) por eu chorar apavorado com os trovões. Eusse pequeno covarde tinha 3 anos.

Quando eu era uma pequena criança um tantote maior e cursava a pré-escola, fui cantar na frente da classe e me tornei motivo da chacota. Chorei enquanto corria pra carteira pra chorar.

Desse fato em diante, me tornei uma irritante criança chorona. Na segunda série chorava escondido atrás da porta no intervalo. Um gigante da terceira vinha me bater por puro prazer (dele).

Era um merda. Chorava em esportes que me dava mal. Chorava quando gritavam comigo. Chorava quando era abatido ao reagir agreções diversas. Até o advento da quinta série.

Por algum motivo que desconheço, as coisas mudaram. Em um momento precioso ao choro, preferi desafiar a autoridade instituida. O Repetente se virou pra mim. Fiz o mais belo dicurso que um intelectualóidezinho da(e) quinta poderia fazer. Quando seria fatalmente destruído pela superior compleição física do adversário, sou salvo pela passagem do inspetor, olhando feio.

Ainda pude mandar um: tu sabe que eu tô certo pro cara. O choro foi vencido pela estupidez de desafiar alguém maior e pela benção divina não ter virado pasta carne hematomada.

De lá pra cá, pessoas morreram, quebrei a cara, o cu, copos e me permeti poucas lágrimas. Uma única vez me entreguei ao choro forte nos braços dos pais. Voltava fracassado de Erechim - aquela história de eletricista pós-CEFET. Me sentia incapaz de qualquer coisa. Foi quando entrei na UFPR.

Poucas lágrimas tentaram nesse período. Poucas mais (que dá em menos) venceram. Até ontem.

Vendo na TV um filme que eu já conhecia. Me senti novamente impotente e desimportante. Não há nada que eu possa fazer pra satisfazer aquela situação. Exatamente como quando voltei do RS.

Sem enganos com paliativos-alivia-consciência. A certeza do nada. E chorei.

Não rios de lágrimas sofridas como nos poemas românticos, mas o suficiente pra ser inegável.

O filme era "Ilha das Flores".



Saliva - Mew

terça-feira, janeiro 11, 2005

Pequenos palpites

! Uma possibilidade bem aceita é que a MSI - grupo de investimentos que tá metendo uma grana monstro (roarh) no Corinthians - seja uma forma de lavar dinheiro da máfia russa.
Existe um atacante brasileiro chamado Vágner Love que joga num time russo (CSKA).
Bem, aceitando tal como fato, pro Vágner Love jogar pelo Timão, basta quebrar um ou dois dedos. A menos que o chefa da máfia seja torcedor do CSKA|

! Saem no Brasil os livros: Trainspoting (sim, aquele do filme bacaníssimo) e o novo do Hornby.
O primeiro ainda em janeiro, o outro saí no primeiro mundo em maio; eu como uma pessoa ingênua e de boa-fé acredito que pode ser um belo presente de dia das crianças por aqui|

!O clip The joker do Fatboy Slim é muito bom. O que não é novidade na carreira videoclíptica de Norman Cook. Ainda não viu? Por aqui [>>>]. Obrigatório para pessoas que se sensibilizam com filhotes de gato|

!Jeho ue ivo téa CNAF ver um pogru de p'ré cesfran. Ue roque bersa léqua ledes|

!O Placebo fará shows no Chile e na Argentina. Não parece difícil que aportem por aqui. Que tal no CPF 3?¡



36 degrees - Placebo

segunda-feira, janeiro 10, 2005

e aí? belê?

- opa. beleza?
- oh, e aí meu?
- tranquilão?


Uma coisa que me irrita bastante: pessoa que te conhece, sabe quem você é, não se engana quanto a tua procedência e finge que não te reconhece.

Nem pra te cumprimentar.

Numa tentativa de me elevar aos céus pelo bom desenvolvimento de minha alma, parti pra auto análise e auto-crítica.

Por que me irrita tanto? Porque é coisa de cuzão. Coisa de cuzão? Por quê? Qual a dificuldade de fazê-lo; eis o porquê.

Nesses meandros, algo me espoca na cabeça.

SPOC

Qual a razão disso? Pra quê você cumprimenta alguém na rua? Não haverá pausa, troca de informações ou convintes. Apenas confirmação de reconhecimento. Ativa, só a função fática.

A inutilidade do ato parece se preservar perante a tradição. A única função é marcar reconhecimento.

Porém sua ausência nos irrita. Temos tanta necessidade assim de ser reconhecidos e identificados? Ou é o simples hábito, que diante de sua inexistência nos agride?

Talvez seja mais uma medida econômica, anterior a nós. Se você conhece a pessoa, pára pra conversar, com o esvaziamento e a efemerização das relações humanas - marca da modernidade, as pessoas paravam pra trocar afirmações tolas e desinteressantes, todas no reino da manter a conversação apenas. Sem nada de novo pra acrescentar.

Mediante essa "perda de tempo", resolveu-se pela economia: apenas cumprimentar. Será que passaremos ao corte final, com a demissão total dos relacionamentos pessoais?



Palo Alto - Radiohead

sexta-feira, janeiro 07, 2005

O copo de café vazio

Escala de perspectivas do ser humano: para hoje: estudo sobre o espécime Lielson.

curtissimo prazo - terminar esse post;
curto prazo - vai chover na volta pra casa;
curto - mas nem tanto - prazo - destrinchar o fim de semana (korova no domingo);
curto pra médio prazo - mudar pra casa dos Seitz e organizar o horário do mestrado/ graduação;
médio prazo - arrumar uma forma de renda bio-sustentável, não-opressora e não-degradante;
um pouco mais que médio prazo - meios que garantam uma viagem e permanência no velho continente;
além do médio prazo - uma realização que o faça sorrir
longo prazo - alguém para sorrir de volta até que não se não mais o permita;
longuíssimo prazo - arrepender-se pois devia ter vivido invés de listar objetivos irrealizáveis pra quando ficasse velho;
mais longuíssimo ainda prazo - entender a diferença entre ser respondido e resolver a questão;
último prazo - morrer

Pela análise nesse espécime, pode-se concluir que o último prazo de todos os humanóides sapientes será o mesmo. Note-se também a vaporização da objetividade perante a distância temporal do presente.



Pela Ciência - Tom Bloch

quinta-feira, janeiro 06, 2005

O Espírito

O George Harrisson era um cara legal, era um beatle. Ponto. Eu não gostava de Legião quando o Renato Russo morreu. Nunca achei o Senna um herói nacional. Eu era um impoetisado quando Drumond, João Cabral, Quintana se foram.

O Ramones é bacana, mas nunca passou disso. O Jorge Amado era ruim, e pra ser sincero, lambo uma doce ironia a cada queda imortal.

Terça a noite, fiquei estarrecido. Um momento apenas: tenho 24 anos, não tenho mais direito a longas lamentações por notórios. A moça do jornal que falou: o mestre dos quadrinhos, Will Eisner morreu.

Um homem que desenvolveu um meio pela técnica e pela relevância. Vanguarda. O quadrinho - que ele renomeou de Arte Seuqêncial, no batismo da conversão - passou a merecer uma atenção de arte, quando Eisner o pegou pela mão e passeou com ele.

Coisa que nunca mais vai acontecer.

Mas acho que agora os quadrinhos já sabem dar seus passos largos. Mas vai ficar a falta daquela primeira mão companheira.

A arte deve ter sequência...



I wanna be sedated - Ramones
Francisco Beltrão - a exconjuração dos textos

Por mais que eu tente, nunca sai um único texto decente em Beltrão. Se você acreditar em quantidades e destino, pode acreditar por mim que estava gastando meus textos ruins.

já as leituras sempre vão bem. Li um livro de 667 páginas em 3 dias (há pouco a se fazer entre os jogos de futebol).

Entrementes, esqueci de levar leituras adiconais. Fiquei lendo e relendo o Ulisses e suas traduções, até cair. Algumas vezes a humildade tem som de tropeço.

Serei uma farsa, estarei em fase difícil ou o caos urbano alimenta minhas letras internas?



Femme fatale - Velvet Underground
Francisco Beltrão - a confluência das pernas

Eis me aqui. Cá perdido em capital. De Beltrão trago a confissão da paixão pelo futebol. Em 13 dias de estadia pratiquei o desporte 5 vezes. Sebo nas canelas.

As pessoas usam suas férias pra ver os treinos físicos da equipe profissional de futebol; coletivo apronto é indício de casa cheia. As camisetas do time para venda estão esgotadas. Pernas pra que te quero!

A bola rola na rua, na calçada, no parque, no clube, no quintal, no jardim, no apartamento; em suas mais diversas modalidades: travinha, dois toques, rebatida, salão, suiço, driblinho, pênaltes, futevolei, areia, ladeira acimabaixaolado. Pelo nome posto por lá: pelada. Apressa o perna a perna que vale a pena.

Sem falar nas pernas de louça das moças que passam...

Pra quê tanta perna, meu Deus?

Ah vai poeta, deixa as pernas pernarem por. Pelos pés pelados. Pelas pernas pernósticas.

Putaqueopariu, pernão!



Death on two legs - Queen