domingo, janeiro 29, 2006

Infâmias Efêmeras: outra ainda

PARTE TERCEIRA - Quando uma história de deuses é contada com o pé no chão

Hermes corria arás de mim, com o ferro na mão, por querer me ferrar.

Hefesto, o picareta, claudicava com um martelo na mão, gritando é meu, não teu.

Apolo, com a lanterna, buscava marcas minhas.

Artemis, preparava sua besta de plástico reforçado com carbono, para a caçada.

Zeus, esbravejava, elétrico. Prometia a punição mais ardoroso que pudesse.

Atena, de verdolhos corujais, promoveu a tese de que ter tal meta era atitude de ateu.

Dionisio, fungando e de ressaca, era o mais lúcido de todos. Acalmava os ânimos, dizendo que deixe que leve. É pior pra eles.

Eu por meio dos teus, me atirava, atravessava, eu prometera. Eu trazia. Provava que era teu. Por meio de ti, estava eu aqui.
Com o fogo.
Essa era minha promessa, a proposta da prova de amor de Prometeu por ti, humana evolução. Eu prometera.

Prometeu? Não cumpriu...


This fire - Franz Ferdinand