segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Bolãoscar

Num bolão que participei pro Oscar entregue ontem, acertei 14 (talvez 15) das 24 categorias.

Sério, sou meio bom nisso...

Ah, Mulher-gato na cabeça no Framboesa de ouro.

PS - como muita coisa nesse blogue, o post anterior era uma mentira inlavada.



Crash - James

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Sejamos Francos?

Deu esse negócio de blogue, né?


Go cry on somebody else's shoulder - Frank Zappa

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

"...toca. toca, porra!"

Ódio. Raiva. Espectativa. Esperança. Pressão dos dedos não-opositores sobre a palma da mão. Bruxismo momentâneo.

Todo o acima relatado numa sequência torrencial e desumana. Palavras de baixo calão, saltos da almofada, tapas no chão, mãos cobrindo face.

Inúmeras vezes em menos de duas horas. Mau-humor temporário, impaciência e desilusão.

Então era por isso que eu tinha parado de assistir os jogos do Francisco Beltrão...

{oLimanãopodiatertiradoaquelabolaemcimadalinha!Mascomaqueladefesavazadapela(...)}



Broken hearts are for assholes - Frank Zappa

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

31 de Março 1980

Caro Mundo,
Como vai? Por aqui, vamos bem, mas temos algumas "coisinhas" pra resolver:

os regimes de ultra-direita se tornaram demodês, portanto a dona Moda será tão ridícula e cômica, que as pessoas poderão se divertir no futuro. Espere pra ver o que acontecerá com os cabelos. Ah, e os brincos! Cáspite!

Já conversei também com a srta. Música, ela usará sintetizador e caixa 'seca'. A idéia é fazermos a coisa toda bem engraçada, saca? Meio na idéia do horóspoco chinês (sabes que esse ano é de macaco, não?).

A dona Guerra não abre mão de pôr Irã e Iraque em conflito. Ela diz que até sonoramente é um estrondo. Senso de humor mais estranho...

O seu Cinema faz questão de tornar as películas brasileiras intragáveis. Ele está dando uma chance pra tia TV aparecer mais (não consigo entender qual é a relação deles).

Ah, e também tô te mandando um piá aí, lá pelas 16h30. Ele não vai te mudar, mas cuidado com ele. Acho que nem sempre vocês vão se dar bem. São muito geniosos vocês dois. Tentem se entender.

Te espero sábado pro aniversário do Primo Existência
Beijos

Vida Vitae



Joe's garage - Frank Zappa

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Só pra não passar em brancas nuvens

O texto que eu escreveria aqui estava ficando muito longo, portanto virou o começo da próxima coluna do Bonde - que ainda não escrevi.

Daí, eu não sabia sobre o que escrever. Mas me parece que vai chover hoje.

Tempo loco...



What's the ugliest part of your body - Frank Zappa and The Mother's Of Invention

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

causa vitae

Dor de cabeça, câimbra nos pés, braços exaustos, dedos doídos, cabelo desgrenhado, mão machucada, pescoço torcicolorido, costas não-eretas, corte no rosto, olhos cansados, unha roída, saco cheio.

Quantos sintomas somatizados...



Panic - The Smiths

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

O dia depois de ontem, por Miles Raymond

Hoje, acordei 10h20, comi melão, gostei e saí.

Hoje, entreguei a minha proposta de oficina pra Antonina, e pensei "porque não?".

Hoje, descobri como serão minhas aulas do mestrado e permaneci um tanto confuso.

Hoje, eu vi dois jovens de 12 anos flertando, com caras de apaixonados e inseguros, e sorri.

Hoje, resolvi ouvir Frank Zappa. A escolha de que música seria baixada foi embasada no critério "nomes bizarros". É uma seleção grande...

Hoje, sinto uma angúistia de que alguma coisa pode acontecer. Por mais que uma outra angústia faça eu achar que não vai...



Across the universe (Beatles) - Fiona Apple

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Mar adentro

Filme espanhol vencedor de 14 Goyas (premiação espanhola de cinema) e indicado ao Oscar de filme estrangeiro.

A história é: um homem tetraplégico que quer morrer, e pede para que o estado espanhol lhe conceda a Eutanásia.

Um dramalhão?

Não mesmo. Apesar do tema dramático e do final conhecido (palpites?), o filme é conduzido por Amenábar para a discussão sobre direito de escolha.

Ramón é incapaz de morrer por conta própria. Qualquer pessoa que o ajude cometerá homicídio. labirinto em bizâncio.

Discussões metafísicas, de príncipio de direito e escolha são postas ao espectador. Ramón fez sua escolha e apresenta suas razões.

Fiquei pensando nas minhas dependências. Significantemente menores que as de Ramón. E ainda assim, irritantes.

O que se pode fazer estando completamente paralisado(palpites...)? Mas se você pensar bem, ele não é apenas um marcação extrema da autoescravização do homem? Pessoas que não tem tempo pra lazer. Trabalham todo o dia (pelo sustento básico - dependência), chegam em casa depois da meia noite (transporte coletivo - dependência) e acordam antes das 5 manhã (distância do meio de sustento - dependência).

Ignorando-se a quantidade de movimento envolvida, as equações resultam em valor bastante aproximado.



Save me - Queen

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Um breve post do sono

Uma verdadeira batalha judicial pra sair da cama hoje: petições pra levantar, mandatos pra puxar as cobertas, habeas somnio, liminares pra voltar para o leito, liminares caçadas, ordens de despejo, intimações de estâncias superiores e uma decisão no tribunal superior soporífero, impetrada pelo Juiz João Pestana.

A lei dos que dormem é algo entre Kafka e Breton.



The night - Morphine
poucas notas

{Parece que o CPF 3 sai. E, melhor, com uma possibilidade forte de MERCURY REV. Boatos dão conta de Snow Patrol, Flaming Lips, Weezer, Wilco, Raveonnetes. Tá no caderno G de ontem.

{Sabe o CD novo - e ainda não-lançado - do Doves 'Some Cities'? Interessados entrem em contato comigo...

{Não existe uma comunidade do Luna no Orkut?



Creep (cover do Radiohead) - Richard Cheese

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Veja, isto é(senhor?)poca

O alinhamento político da revista Veja nunca foi segredo pra ninguém. Sempre foram direitistas convictos (independente do governo; méritos).

Adoram criticar o governo Lula - que é chutar totó morto, e elogiavam o FHC - que é brincar com o totó. A linha editorial da Veja é o que o movimento estudantil (e - confesso - eu, em momentos tovarish) nomearia de "entreguista". Favoráveis à ALCA, às privatizações, ao afastamento do governo e à lógica mercadológica.

Isso posto, pediria pra todos os intelecspectadores pegassem a revista dessa semana (matéria de capa: a educação Coreana). E ao fazer sua leitura, pesassem alguns dos meus argumentos.

Alguns dos motivos apresentados pela reportagem para o sucesso da educação oriental realmente (me) fazem sentido: investimento no estudo fundamental, apoio dos pais, interesse do estado na formação do cidadão.

Os demais me assustam: que o ensino de terceiro grau deve gastar menos do que gasta; que a competição é saudável (ou você é bom em "estudos", ou não vale nada); que o absurdo empenho das crianças coreanas é benéfico (crianças que passam mais de 11 horas entre formação de base e cursos de aprimoramento) e que as universidades devem ter em vista a satisfação do mercado.

Satisfação de mercado? Universidade deve formar seres humanos pensantes capazes de aprender e avaliar, e por isso, capacitados para o trabalho em sua área de formação. Não deve ser incentivado a anular seu tempo (11 horas) em competição. A vitória vazia.

E quanto a essa criança que passa mais tempo estudando (competindo?) que dormindo ou com seus pais e amigos. Qual o tipo de formação humana que ela terá?

A Veja apresenta argumentos que trabalham dando razão para Louis Althusser. Aparelhos Ideológicos do Estado. Talvez do Mercado.

Uma pena que se confunda atitude de direita com desumanização...



Gagging Order - Radiohead

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Nenê de milhão de dolar

Assisti o oscarizável Menina de Ouro ontem, considerado por alguns críticos como melhor filme do Sr. pau do Leste.

Eu que não sou crítico - mas criticador - discordo. Entre os filmes que eu vi de Eastwood, "Os Imperdoáveis" segue com a taça.

Quer dizer que a rapariga aurífica é uma merda?

Nem. O filme até é bom. Exceção feita aos clichês - a lutadora alemã, a lição que Morgam Freeman proporciona a um folgado, por exemplo. É um filme sobre honra, esforço, empenho. A menina de milhões de dólares deveria ser tupiniquim - além de não desistir nunca, o Mainardi aconselhou a investir em dolar.

Então pra quê tô falando do filme?

Pra falar sobre os diálogos, sobre a personalidade do personagem do Clinto Pau d'este. O homem duro, sem emoções aparentes. Aquele cara que não consegue falar sobre o que sente pelo/para os outros. É como se ele tivesse tomado um mega-betabloqueador permanente.

E nisso, o filme me convenceu. Foi além da análise de cinema de um criticador. Atitudes de um personagem de tela que fizeram bastante sentido em mim. Quase como um aviso. Poderá e(u)le mudar?

Não perca os próximos capítulos...



Say you miss me - Wilco

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

A minha inutilidade

Quando alguém se sente mal, eu tenho um procedimento padrão: comentariozinho sacana-irônico ridicularizando a situação.

Ou buscar soluções quaisquer junto com a pessoa - normalmente relacionamentos.

Mas quando realmente importa, quando deveria ajudar, estou estarrecido. Não sei o que fazer por você, Tiago. Ou por sua mãe ou seu irmão.

Quando o pai de um de seus melhores amigos morre, você fica sem ação. Eu estou sem ação. Só posso sentir. Muito.

Força, cara. Força.



no hay musica -

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Confissões de Schorômidt

Um esquisatamento - dem beclarad(o) - em indiversos monumentos tem penseado pela minhente: tomorreundo.

Estou morrendo - como diria um nadador de pessoa primeira de liteleitura sem nata...



Kid A - John Mayer

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Aviso!

Senhoras e senhores: Lielson Zeni concorre no concurso Leituras Compartilhadas com um de seus contos antigos.

Pediria a todos que fossem até o site [>>>] e lessem o conto. Caso gostem, votem em favor dele.

O Nome do conto é 'A Dança', mas está errado. A dança é um outro conto meu. Esse na verdade se chama 'Amar é, por que não?'. É uma esculhambação escatológica surreal com os contos de amor.



Your Love is the Place That I Come From - Teenage Fanclub

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Pout-pourri

- Oh, quanta alegria...
- Quem é você, cara? Afinal, são mais de mil palhaços no salão.
- A deixa eu pintar o meu nariz, brincar de ser feliz. Eu sou o Samba.
- Samba, olha a cabeleira do Zezé!!
- Será que ele é?
- Viu, parece que vai passar, na avenida, o Samba popular...
- Mas eu sou o SAMBA!

olha a água mineral...

- Mas que caloor...
- E a moça das pernas de louça? Carnaval no seu coração?
- Meu coração quase despedaça no balancê, balancê...
- É. Fica maluco que quer se meter a entender a mulher, cara. Quem ela é?
- A Chiquita Bacana...
- Quem?
- Aquela ali. De banana nanica...

Oooolha a água mineral!

- Me dá um dinheiro aí?
- Mas é carnaval...
- Eu sou o pirata, cara. Mau.
- Sei que todo mundo leva a vida no arame, sassaricando mas...
- Me dá um dinheiro aí.
- Mas é carnaval!
- Todo carnaval tem seu fim...



Greedy Ugly People - Hefner

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

S.A.C.

Uma informação vasou. Apaguei um post publicado. Teve gente reclamando disso. Explico:

o texto estava ruim. Simplesmente isso. Não censurei nada que eu quisesse dizer. O que eu não quero dizer - talvez queira até - nem escrevo.

Censuro antes, claro. Ou você fala TUDO que lhe vem a mente e chega à boca? Engole-se. Por que então escreveria tudo que lhe chega aos dedos? Encolhe-se.

Além do mais, para reclamar sobre relacionamentos ou - sobretudo - não/quase-relacionamentos, milhões de blogues em qualquer língua internet adentro.

Pra falar de crises depressivas, existem dezenas de milhões de blogues internet afora.

Pra falar de quanto a vida é injusta (talvez o mundo ou a realidade), existem centenas de milhares de blogues internet além.

Pra falar de irrelevâncias, cá estou...



She's lost control - Joy Division

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

O Anjo Exterminador

Não é segredo pra ninguém que sou formado em publicidade pela UFPR e desempregado. Trabalho no site Bonde, mas minhas funções não envolvem conhecimentos de publicidade.

De alguma forma, um convite para a festa de lançamento do anuário do Clube de Criação do Paraná. (o anuário é um livro que custa 70 paus e servirá pros publicitários ficarem envolta dele olhando suas propagandas do ano que passou falando "ducaraleo!").

Com a esperança de comida gratuita e bebida farta compareci ao Castelo do Batel - local do convescote. Eu meio peridido no meio do meio publicitário.

Dei uma boa olhada: um monte de caras entre arrumado e descolado, comendo aquelas miserinhas de nome esquisito (enquanto queriam ta mandando uma feijoada) e tomando vinho com estilo (sem nem saber segurar a taça direito).

Meu pensamento institivo foi: obrigado, Senhor; Livras-te-me desse fardo!



One Man Guy - Rufus Wainwright

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Sideways

Pela manhã assisti uma estréia pra jornalistas do Sideways - entre umas e outras.

Beleza de filme devo dizer. Um eixo de história simples (dois amigos saem em viagem por uma semana; um deles irá casar um dia depois de voltar) permeado por inúmeros "momentos".

Boas resenhas vocês podem encontrar por aí. Mas me permito uma observação: Sideways está para o universo masculino assim como As Horas está para o feminino.

Acho a comparação precisa. Sideways possui vários "momentos" e pontos que certamente terão maior apelo aos homens que as mulheres. Assim como o inverso se percebia em As Horas.

Questão simples de se justificar - se é que era necessário: protagonistas do mesmo sexo que os "identificados".

Quando terminei de ver As Horas, me senti igualzinho ao final de Paixão Segundo GH, da Clarice Lispector (que sobrenome bacanudo, né?): certo de que deixei coisas despercebidas pelo simples fato de não me ser possível percebê-las.

Acredito que Sideways funcione da mesma forma.

É, me senti um pouco vingado...



Ask me how I am - Snow Patrol