domingo, outubro 16, 2005

Carlos, o calmo

Carlos era um cara legal. Camaradinha, asseado e cidadão no sentido laponês do termo.

Carlos desperta um dia e descobre-se preso ao desconhecido.

Uma corda amarra seu tornozelo pela manhã. Ao que ela liga a perna de Carlos, é algo que ainda não sabemos.

Carlos acorda para mais um dia desses aí e percebe estar amarrado.

Que coisa não?

Uma dúvida enlaça Carlos: quanto tempo essa corda prende seu pé? Onde estará a outra ponta? Quais são os limites da corda?

Bom, se eu fosse um narrador desses profissionais usaria uns artifícios pra criar tensão, esticar a narrativa, amarrar o leitor e coisa e tal.

Como não sou, digo que o tal do Carlos (que eu nem lembro mais porque deveria ser calmo) andou até cansar, percorreu a corda de volta como se ela fosse um fio de Ariadne ou como uma linha no labirinto do Minotauro (acho que até ia rolar um inter-texto, saca?)e descobriu que ela estava enrodilhada na droga do pé da cama dele. brochante né?

Se bem que dava até pra fazer ele estar ligada a outra pessoa e eles baterem um papo forte sobre as coisas.

Hmmm...

Ah, sei lá tô meio enrolado. Acho que a corda tava era no meu pé.


Under control - Strokes

6 comentários:

Lola Louca disse...

no sentido laponês do termo.. hmmm...

Anônimo disse...

carlos, eu 'escrevo' coisas que não aconteceram de verdade, sabe?!

deve ter uma corda aqui também, amarrando as minhas mãos porque eunão consigo fazer uma lista de músicas pra você. humpf pra mim.

Anônimo disse...

Ahhh, voltou à vida! Que bom!

E com uma corda (o equipamento mais básico que existe!).

Ah, LZ, sempre mantendo um nível profissional que apequena-me. Sorte que mordo pequeno!

E a Ariadne teria sido uma mão na roda para o João e Maria. Ou um fio na trilha. Realmente, tanto faz.

Abraços!

Tiago

Anônimo disse...

Maria seria Ariadne e Joãozinho, Teseu? isto não acabaria em incesto e em freud... ui

mas então, eu (preguiçosa por natureza e com a minha paixão pela cama acentuada pelas horas não dormidas em torno de uma monografia que tem sua melhor parte nas divagações sobre o intertexto) gostaria de estar presa a uma cama, em um conto de realismo fantástico onde ninguém viesse me desamarrar.

Anônimo disse...

Maria seria Ariadne e Joãozinho, Teseu? isto não acabaria em incesto e em freud... ui

mas então, eu (preguiçosa por natureza e com a minha paixão pela cama acentuada pelas horas não dormidas em torno de uma monografia que tem sua melhor parte nas divagações sobre o intertexto) gostaria de estar presa a uma cama, em um conto de realismo fantástico onde ninguém viesse me desamarrar.

Anônimo disse...

putz, desculpe a duplicação.