quarta-feira, agosto 15, 2012

Leiturosseia do Ulysses - Capítulo Dezesseis - Eumeu

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[Imagem de David Byers Brown para o Canto XVI da Odisseia, com o Ulisses, telêmaco e Atena na cabana do Eumeu, o porqueiro]

Leopold Bloom leva Stephen dedalus para tomar um café, comer alguma coisa e curar o porre numa espelunquinha. Dedalus é o mala que espera-se dele, enquanto Bloom o tenta imrpessionar, pois gostaria de afinar sua amizade com ele.

no mesmo lugar, um marinheiro chamado W.B. Murphy conta histórias absurdas do que viu ao redor do mundo e que agora volta para ver sua mulher após muitos anos no mar.

(quem aí não se lembrou do Ulisses do Homero, por favor, estapeia a própria testa)

no fim, Bloom paga a conta e conduz Stephen para sua casa, que será o próximo capítulo.

o episódio homérico trata do encontro de Ulisses com Eumeu, seu fiel servo e porqueiro, disfarçado de um pedinte. Isso começa no canto XIII e se alonga por muitos outros, inclusive com chegada de Telêmaco. as relações mais visíveis estão nas conversas sobre política, amor e fidleidade em um lugar precário.

a técnica é a narrativa velha. vale lembrar que aqui começa o terceiro capítulo e os outros dois capítulos abriram com a narrativa jovem e com a narrativa madura. esse narrador aqui se perde, deixa frases pela metade, como se estivesse meio esclerosado, ou até mesmo com sono depois de tantas páginas. em vez de contar de forma simples, tudo é alongado e cheio de volteios.

aqui fica claro a força intelectual de Stephen e as limitações de Bloom, porém, sobra a boa vontade e o grande coração de Leopld em oposição ao blasé maleta do Stephen. resumindo, mesmo comendo com voracidade rins na manteirga eu beberia uma cerveja com o Bloom e não com o Stephen.

Se a primeira parte abriu com Stephen e a segunda com Bloom, a terceira parte começa com os dois.

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