se bem me recordo, várias poostagens por aqui têm sido sobre o tema da recordação e da memória.
tem todo esse lado memorialista meio Proust (menos afetado - eu acho) que me ataca de vez em quando.e 'atacar' é um verbo precioso nesses dias. veja só: comprei um videogame a meses atrás; um PlayStation 2. na minha infância (e vêm lá a memória) os jogos continuavem na base do "não desligue isso por anda que eu volto amanhã pra gente 'eliminar' a fita" e da evolução suprema dos jogos até então, o password. só que o tal do PlayStation (PS, pros íchegados) não tem password, nem continue; tem memory card. eu já sabia disso e comprei um no mesmo momento que empacotava o console.toda vez que você quer dar uma de JACU-RABUDO (expressão beltronenese que designa algo como 'espertão' ou 'metido'), você quebra o jacu. comprei um memory card pirata. essa pequena peça retangular de poucos centímetros quadrados é a memória do videogame. é ela que sabe por qual fase você já passou; é ela que diz quais são os níveis de poder e a somatório dos pontos.e ela que dá pau. já sofri dois ataques de perda de memória em menos de 6 meses.daí fiquei pensando: e se a gente tivesse uma memoriazinha dessas? a gente ia poder literalmente trocar de memórias com alguém. mas a gente ia arriscar perder ela e não conseguir (óbvio) lembrar onde ela estava. a gente também ia poder ficar com a memória dos que morrem. mas a gente ia descobrir que o neto preferido do Vô Tranquilo era o outro cara lá. mas, por outro lado, íamos saber do que a Michael Jackson morreu!e, é claro, o tal memory card de gente daria pau, mais hora, menos hora. magine o tráfego de memory cards humanos, filas de pessoas no SUS tentando um novo memory card, a inundação do produto pirata no mercado negro. não, acho melhor deixar tudo como está. mesmo que a gente não posso apagar alguma coisa, ou não lembrar direitinho de outras.porém, um password pra recomeçar alguma fase seria de se pensar...<i>Street spirit (fade out) - Radiohead</i>
Hello world!
Há 6 anos
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