Enquanto isso, em Curitiba...
A moça de saia curta, sentada de pernas cruzadas, despenca o pescoço e encosta a cabeça mascadora de chiclete na guarda do banco.
O velho negro de terno branco, guardou o lenço vermelho e achou a ruela fedida.
Uma pomba cagou no ombro da colegial excitada com a boca do guri.
A colegial pombagada passa ao lado do velho. Ele se vieleia acima. A moça do banco faz um único movimento: descruza as pernas.
A moça, naturalmente, abre as pernas, como num balé.
A saia, naturalmente sobe, como numa fuga.
O velho naturalmente leva a mão ao chapéu panamá, como num aceno.
Entre eles, o vertical sorriso dela.
Vai passar - Chico Buarque
Hello world!
Há 6 anos
Um comentário:
Lindo... "cada paralelepipedo da nossa cidade essa noite vai se (???)"... eh! Muito bom!
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