sexta-feira, agosto 12, 2005

Filho Pródigo

Num canto abandonado de minha estante, entre Quintana e Allan Poe, encontro ele.

Parado.
Quebrado?

Para que serve um relógio parado? Um caminhante passou, abriu-o, consertou e deu corda. Deixou-o funcionando.

Mas cobrou um preço: levou-o embora consigo.

Mas o caminhante me deixa ver as horas sempre que preciso.

E seu tiquetaquear me lembra de sorrir.


Clocks - Coldplay

Nenhum comentário: