quinta-feira, abril 06, 2006

Educação

Edu era um menininho inquieto, questionador, mafaldesco.

Sua professora de matemática, a Tia Cremilda, ensinava as crianças da não-falo-qual classe sobre a reta numérica.

Tia Cremilda encerrou e perguntou alguma dúvida?

Edu ergueu o braço secular inquisidor e varou: não entedi qualé do 0 (zero)?

O quê você não entendeu?, falou-se rindo a velha normalista.

Pra que serve essa porra? (o narrador já citou que Edu é pouco polido? Ele é tipo, fosco...) É óbvio que divisão por zero dá inexistente. Essa merda não existe. Como resultaria em algo que existe, caralho?

Mediante tais argumentos sólidos que desmancham no ar, Tia Cremilda riu. Isso se chama lógica, Edu.

Lógica é o caralho! Como é lógico criar uma disciplina inteira que guia o mundo baseado em uns árabes chapados de narguilê com bosta de camelo?

A turma toda riu e apontou o dedo para Edu.

Porra! Pensa! Como podem existir números infinitos? Como pode ter uma merda de infinito entre 1 e 2? Tem 2 infinitos entre a merda do 1 e do 3? Que bobagem é essa de menos infinito? Caralho vocês não percebem a cuzisse que é deixar esse cu de mundo sob controle de algo que não existe e de algo que finge que existe? A viadagem do 1 e 0 (zero). Binário é meu pau no teu cu!

Ninguém nunca soube na verdade porque Edu foi expulso da escola. Alegaram a quantidade de palvrões. Dizem as fontes que ele ainda teria gritado antes de ser expulso: vão calar o cu de vocês com a merda que eu cago, censores da porra!



Revolution in the summertime - Cosmic Rough Riders

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