tudo aconteceu umas 30 horas antes da partida.
por razões desconhecidas, a Van resolveu ver opiniões sobre o hostel que íamos ficar.
é...
os antigos hóspedes do lugar oscilavam seus coemntários entre sujo, podre e mal-cuidado.
o que parecia ser uma viagem muito foda, começa a foder pelo lado errado.
em toques de caracteres de desesperados, encontramos uma lista de 100 hotéis em Buenos Aires. arriscamos um deles.
Atlas Tower.
ela gosta da figura de Atlas; eu gosto de jogar com torres no xadrez. pedimos uma reserva, com toda a esperança de trabalho escolar de última hora e
logramos!
conseguimos uma vaga, num hotel limpo, na avenida Corrientes com a Callao, próximo à três das principais comiquerias argentinas. se configurava minha nerd trip particular.
apesar desse êxito epopeico, da sensacional companhia e do bom tratamento dos funcionários, eu não pude - e olha que tentei - deixar de me lembrar de 1999, quando saí de Francisco Beltrão e fui até Erechim fazer um treinamento da RGE (empresa de eletricidade do RS) e morei 40 dias em um hotel, durante um treinamento para o cargo de Eletricista I.
sim, eu já estive no lugar deste cara, mas sem a escada.
tentava subir em postes, me fixar lá em cima, me desfixar e descer, pra começar tudo de novo, até que meu subconsciente me fazer errar o pé do poste, cair uns 9 metros de altura, machucar os joelhos e me convencer a desistir daquilo.
a mim, me é difícil capitular. sou teimoso, e sempre acho que consigo um pouco mais.
na época, quando desci do ônibus de volta da odisseia gaúcha, me senti totalmente derrotado.
passado algum tempo, entendi que isso foi necessário pra que eu entendesse na carne que existem coisas que 'não'.
es outras que 'talvez'.
o acerto salarial virou a inscrição no vestibular de Publicidade da UFPR e um curso superintensivo de 1 mês.
entrei na universidade em 2000, mas, às vezes, me sinto caindo de um poste e batendo os joelhos.
não aconteceu no quarto do hotel Atlas Tower.
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