quinta-feira, janeiro 06, 2005

O Espírito

O George Harrisson era um cara legal, era um beatle. Ponto. Eu não gostava de Legião quando o Renato Russo morreu. Nunca achei o Senna um herói nacional. Eu era um impoetisado quando Drumond, João Cabral, Quintana se foram.

O Ramones é bacana, mas nunca passou disso. O Jorge Amado era ruim, e pra ser sincero, lambo uma doce ironia a cada queda imortal.

Terça a noite, fiquei estarrecido. Um momento apenas: tenho 24 anos, não tenho mais direito a longas lamentações por notórios. A moça do jornal que falou: o mestre dos quadrinhos, Will Eisner morreu.

Um homem que desenvolveu um meio pela técnica e pela relevância. Vanguarda. O quadrinho - que ele renomeou de Arte Seuqêncial, no batismo da conversão - passou a merecer uma atenção de arte, quando Eisner o pegou pela mão e passeou com ele.

Coisa que nunca mais vai acontecer.

Mas acho que agora os quadrinhos já sabem dar seus passos largos. Mas vai ficar a falta daquela primeira mão companheira.

A arte deve ter sequência...



I wanna be sedated - Ramones

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