segunda-feira, janeiro 17, 2005

A texquera tostual

Não sou bom em gramática normativa. Não sei se o índice de indeterminação do sujeito deve se acanhar diante de pronome átono oblíquo ou do advérbio causal modal resistente impermeável.

Te juro (ai!juro-te) que gostaria de saber. Óbvio que faço muito pouco em prol disso. Conheço, por exemplo, a utilização de todos os 4 porquês.

Mas não é o pleno domínio da língua padrão que lhe garante a confecção de um bom texto. Claro que a ausência dela certamente coibe qualquer amontoado de letrinhas com mensagem de vir a furo.

Um texto informativo precisa ser coeso, resolver-se internamente e funcionar como um, não vários amontoados.

Mas por algum motivo ignorado, muitos acreditam que escrever bem é usar palavras unusuais ou difíceis. Síndrome de Euclides da Cunha. Sem ser tão capacitado quanto o Cu(jo)nha.

Acabo de ler um e-1/2 de alguém defendendo o Paulo Coelho. O mesmo (e-1/2, não o Paulinho) usa expressões do naipe de: "tem uma inveja extremamente grande do nosso grande escritor", escreve 'senssacional' e ainda tem a cara de pau de usar a expressão 'Nada obsta' no lugar do singelo 'nada impede'.

Percebem aonde quero chegar?(será que é 'onde'? mas tem movimento...ai, jesuis)

Um cidadão que erra ortografia básica, incapaz de alinhavar um texto (texto inclusive se origina do termo latino texere que significa confeccionar) acha que se garante mandando com termos de vida dicionarial como "obstar", "inditoso", "panema", "suplantar", etc.

Quem enfia isso na barriga das pessoas? Idéia mais desassisada...



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