terça-feira, novembro 09, 2004

A violência é tão facinante

Rua Amintas de Barros. 18h20. Oitedenovembrode2004.

Tradicional poente vespertino de Curitiba. Numa das várias padarias-lanchonetes-botecos da região, um homem magralto punha-se de contracordo com um louro de boné de couro.

O desacordo assume valores vis, viris. O magralto ameaça o louro de boné de couro com uma placa da Antartica escrita à giz (bolo de chocolate R$ 1,20 a fatia). Pretendia aplacar a placadas a discussão. Despossuido de suas habilidades motoras (é, bêbado) tem seu equilíbrio turvado pela tontura. Tomba.

O louro de boné de couro sai do estabelecimento em direção ao pavimento. Empurra o magralto ao chão. Segura seus ombros, coibe reação. O magralto tenta morder e derrubar o louro de boné de couro puxando-lhe os joelhos.

Novo tranco do louro de boné de couro o põe ressupino na via pública.

O louro de boné de couro, satifeito em imbilizar; o magralto ébrio, buscava o salto. A força repressora do estado (PM, né) pôs-se em ação: a exemplo da OTAN, resolveu de maneira simples o conflito: bordoada, pancada, paulada, cassetada pros dois. Direito social.

Isso deve ter sido acompanhado por uma bela 4 dúzias de espectadores.



Spit On A Stranger - Pavement

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