terça-feira, maio 23, 2006

Mil noites sem fio

Estava no ponto de ônibus. As mulheres atrás de mim conversavam. Falavam sobre um moço que casaria:

- Ele estava em sua casa, uma hora antes do casamento, dedicando todo seu tempo a ficar nervoso e apreensivo e comer salaminho, quando atendeu o telefone. Era o Tadeu, seu amigo falastrão. Começou a lhe contar uma história:

"Um homem entrou numa casa abandonada e resolveu morar ali. Mas percebeu, enquanto arrumava as tranqueira e abandonadices a seu gosto, que tinha uma frase na parede da casa. Era uma espécie de carta:

'Meu nome é Cairo, 35 anos. Vou dizer a você (seja quem for que irá me ler) uma profecia, contarei como será minha morte. Essa tinta não sairá da parede, nem minhas palavras de sua mente. Serei morto por um homem de bigode com um castiçal na sala de leitura. Esse homem fará isso por causa de um livro. Estará escrito nesse livro:

Não há sanidade entre um ponto e outro do homem. Isso faz com que as coisas terminem como comecem, pois não podem ir até o outro lado. Eu lhes contarei uma história que vi quando guri, sobre um rapaz. Esse rapaz tinha um diário, e certo dia, escreveu o seguinte:

Estava no ponto de ônibus. As mulheres atrás de mim conversavam. Falavam sobre um moço que casaria...



Ouvi contar - Sá, Rodrix e Guarabyra

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