depois de tantas horas com as fitas, era exigido que eu destapasse as orelhas e ouvisse.
creio piamente em músicas, álbuns e bandas para fones, mas minhas convicções se expandiam.
eu podia experimentar as malditas senoides rítmicas em tempo real; eu podia ver (ouvir) shows.
vi diversas bandas de Curitiba (muitas delas foram pra um mundo melhor - a memória), porque dividia apartamento - na época - com o Túlio, que - na época - era do ramo.
mais uma vez gostaria de dizer a favor da narrativa e apostar em histórias de bebedeira e mulheres bem rock'n'roll, mas não é a verdade. eu era só um ouvinte entusiasmado incapaz de romper o perímetro que separa banda e público.
(embora uma vez tenha escrito uma letra, que o Túlio tocou e errou - sem mágoas)
eu não danço. não gosto (talvez porque não sei) e não sei (talvez porque não goste) de dançar.
se o faço, pareço o Thom Yorke, só um pouco menos torto.
eu fico parado, curtindo, longueando, saboreando aquilo tudo.
(escrevi um pouco sobre isso em um outro blog, de um show do ruido/mm)
eu saio dali, mas já volto. é um pouco de instinto em uma selva de razão.
eu entendo no cálcio o sentido de phew, for a minute there, i lost myself.
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