folheando as fitas, encontrei gravações telefônicas de meu primo para "brotos" e músicas estranhas.
larguei tudo lá.
na verdade, não. peguei as fitas de galanteio, levei na casa dos meus amigos de camiseta preta e gravei Pavilhão 9, Racionais MCs, Legião Urbana, Bob Marley e Ramones.
na mesma fita. se bobear, do mesmo lado A.
na sala, um amigo me emprestou fitas do NoFX e do Rappa.
as pessoas trocando CDs e eu com fitas de bandas que sequer gosto. era uma anacrônico.
(lembro de puxar uma fita da mochila pra responder à pergunta na ficha do CEFET: qual seu estilo musical favorito?)
(anos depois eu gravaria fitas pras pessoas, e então leria o Alta fidelidade e veria que aquilo fazia sentido pra mais gente. tentei gravar CDs, mas nunca funcionou comigo...)
a virada foi uma coletânea.
por dentro, Queen. Bycicle Race, Bohemian Rhapsody, We Will Rock You, Crazy Little Thing Called Love, Fat Bottomed Girls.
e essa fita se desenrolou em amizades musicais, que me levou a mais fitas e mais músicas.
essa fita, em autoreverse, continua. apagada e regravada.
(quando precisei me mudar pra Curitiba, essa fita do Queen sobreviveu. mais tarde ela virou o Led Zeppelin IV)
em 1998, com 18 anos e com meu salário de estagiário, comprei um aparelho de som pra 3 CDS - o primeiro, e até hoje, único da casa de meus pais.
foi o fim do pensamento dicotômico A e B.
por enquanto.
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